A premiação dos 82 anos do Oscar revelou a nova, e aparentemente fixa por alguns anos, identidade da premiação. O Oscar não está interessado em Hollywood, e sim no cinema.
Neste domingo, dia 07 tivemos uma premiação sem surprersas de um lado e repleto delas por outro. As atuações esperadas foram todas premiadas, não faltou ninguém e todos foram muito merecedores. Em um aspecto geral, tivemos o fracasso de Avatar. A palavra pode ser forte, mas o caso foi esse mesmo, fracasso! Para o filme mais rentável da história do cinema, três oscars sairam muito barato ou caro demais, depende da perspectiva. Se foi desmerecido? Um pouco, afinal, o filme é bom, deu trabalho e trouxe uma nova tecnologia. Se isso quer dizer que Guerra Ao Terror, o verdadeiro vencedor da noite, não mereceu seus prêmios? Absolutamente.
O filme de Bigelow foi o melhor durante toda a cerimônia, e de fato sempre foi o melhor. Eu apostei em Avatar pelo cansaço do tema bélico, mas meu erro foi ter me fixado apenas nessa característica enquanto Guerra Ao Terror se trata de muito mais. Ele aponta o caos humano dentro do caos mundial e como eles, de uma certa forma, se completam inteiramente. Por isso, ganhou. Simplesmente era melhor.
Por isso, o Oscar agora assume uma identidade de premiar o melhor e não o mais popular, visto que parecia ser um ano dessa natureza, a academia pregou-nos uma peça e disse: Olhem bem, assim eu sou agora: a melhor!
