domingo, 31 de janeiro de 2010

Salve Geral, Brasil!

Até agora, não havia postado nenhum comentário sobre nossa exclusão do Oscar desse ano. Salve Geral de Sérgio Rezende, como já sabemos, não irá disputar a categoria melhor filme estrangeiro. Já faz tempo que não somos indicados. Cidade de Deus foi o último filme, e único há anos, que foi indicado, não como filme de outro país, mas como uma produção própria da indústria. Não esqueçamos que Fernando Meirelles foi indicado melhor diretor, uma grandiosidade para nossa sétima arte.
Nossas produções são de grande qualidade, assim como Salve Geral, uma belíssima obra de um excelente diretor do nosso país. O que fica em nossa mente é: por que não somos indicados, se produzimos bons filmes? Ao observamos nossas apostas para a categoria nos últimos anos, percebemos uma característica. Temos indicado filmes do tipo Cidade de Deus, que evoca nossa realidade social, as diferenças urbanas,  a constante violência, contando histórias sobre policiais, marginais e o nosso difícil dia a dia. Grandes e brilhantes filmes, mas que não chamam mais a atenção da academia. O Oscar premia, nessa categoria, filmes mais humanos, intimistas ou de uma realidade global, como é o caso de A Partida (2008), Os Falsários (2007), A Vida dos Outros (2006), Mar Adentro (2004) e As Invasões Bárbaras (2003). A única exceção dentre esses é Infância Roubada (2005), filme muito próximo dos nossos.
Essas nossas produções da última década agradam muito aos europeus, afinal somos constantemente premiados em festivais como Berlim e Veneza.
Vocês podem dizer: O Ano que Meus Pais Saíram de Férias não demonstra essa realidade atual e não fomos indicados também? É verdade. O que precisamos fazer então para ganharmos o Oscar? Esperar a hora... Qualidade nós temos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário